sábado, 21 de junho de 2008

SAUDADE

Saudade. Olavo Bilac a definiu como a presença dos ausentes.

Dói. Mas, só no começo.

Depois fica bom.

Vira aquela vontade de saber do outro, mesmo que a distância. Vira aquela vontade de contar as coisas para o outro, mesmo que em telepatia.

Que sorte que possuímos esta palavra.

Desculpem-me ingleses e espanhóis, mas 'I miss you' ou 'Te extraño', não engloba a grandeza deste sentimento.

É muito mais que sentir falta. É muito mais que ausência.

Pelo contrário, é uma presença (Olavo estava certo).

Você ouve a voz, sente o perfume, escuta o assobio, vê o sorriso... e a pessoa nem está lá.

É só a saudade.

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